sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Bebê tem braço amputado após suspeita de "erro médico" e colega desabafa (errado)

Um bebê de 40 dias teve o braço direito amputado na manhã desta quinta-feira no Pronto Socorro da Vila Industrial, em São José dos Campos, interior de São Paulo. Uma enfermeira teria aplicado medicação na artéria, mas deveria ser na veia. Leia mais.

Recebi mensagem de colega, ótima pessoa e formador de opinião:

O fato é que a notícia é muito triste. Um bebê que viverá sem seu braço. Triste também é um portal que se diz de notícias propagar uma chamada sensacionalista para gerar conflitos ao invés de informar e tentar corrigir para nunca mais aconteça. O médico prescreveu a medicação X, o enfermeiro(a) ou técnico(a) de enfermagem administrou, infelizmente, pela via errada. Os médicos operaram e salvaram esta vida. A Enfermagem sempre luta por maior autonomia e seus atos são fiscalizados por suas chefias. Não é atribuição do médico e nem tem como ser, legalmente e na prática, supervisionar a conduta de enfermeiros(as) ou técnicos(as). Foi imperícia em um procedimento comum da prática da Enfermagem. Erro de Enfermagem. Independentemente de IBOPE, a notícia deve ser divulgada da forma correta sempre. Quem errou, responda e pague, mas quem generaliza deve lembrar que será julgado um dia, aqui ou em outro lugar”.

Quem tem o discurso azeitado não costuma (ou não costuma mais) estar na ponta aplicando medicações, ou vendo pacientes. Na ponta ainda impera este tipo de cultura. Quem tem o discurso azeitado convive com semelhantes (se encontram por afinidade), e o grupo passa a ter sua própria consciência situacional, enxergando o problema a partir de suas próprias lentes. Muitas vezes passam a criticar o profissional da ponta, e vice-versa. Na ponta, um critica o trabalho do outro. Eta ciclo vicioso! 

Sobre o tema:

Segurança do Paciente em pauta

O médico não pode errar!

O erro médico e a segunda vítima

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