domingo, 1 de março de 2015

Há tanta carência de líderes ou são as organizações que não sabem despertá-los?

Critico alguns movimentos na MH porque já são velhos conhecidos de minha segunda especialidade, a Medicina Intensiva. No eixo RJ-SP, há muito não existe real preocupação com quem colocam na linha de frente dentro das UTI's. Estão recheadas de não intensivistas, plantonistas sem continuidade, e gerenciadas por alguns intensivistas, os mesmos em várias unidades. Há relatos de que em algumas fazem rounds relâmpagos, indo de uma para outra, deixando para trás uma espécie de "super-residentes".

Esta semana, chegou-me este relato, demonstrando que a onda está chegando no RGS:
 
"Hospital de Lajeado, procurando intensivistas e coordenador médico de grupo, sondou colega que está concluindo sua residência de Medicina Intensiva em hospital de Porto Alegre. Acertaram informalmente condições e salário para rotina e coordenação. O inocente residente comentou feliz sobre o acontecimento em outro hospital - gerenciado por empresa de intensivistas/hospitalistas. Ato contínuo, em menos de 24h, o seu chefe no bico viajou a Lajeado para oferecer serviços, que incluíam, além de garantir a gestão da unidade, responsabilizar-se pela contratação dos médicos".

Não sei como ficou a questão, nem tenho interesse em saber. Apenas coloca em evidência dois modelos, um no qual acredito mais, e por princípios:

- Protagonismo (com critérios meritocráticos e transparentes) para quem é da casa - ou que seja contratado para virar da casa;
- Estímulo à formação de lideranças locais e à competição saudável.


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