Já discutimos como a continuidade do cuidado pouco existe no SUS.
Ontem cedo fui contatado porque pessoa próxima necessitava de informações sobre colega. Seu familiar havia internado em importante hospital privado da região - via Emergência, é claro. Indicaram internação hospitalar. Uma primeira opção de médico para assumir o caso durante a hospitalização não foi possível, pois o colega estava viajando, em congresso. Uma segunda opção não foi encontrada - profissional ocupado, deve trabalhar em uns três ou quatro locais. Como a terceira opção somente poderia ver o paciente no final do dia,
pois estava de plantão em outro hospital, e era absolutamente não conhecida da família, me ligaram questionando se era boa, dizendo que se não fosse boa daria tempo de procurar outra.
Temos que trabalhar com duas alternativas: ou o modelo tradicional, ou o modelo de Medicina Hospitalar. E uma saudável interface entre ambas. Cadê o médico deste paciente, aquele que o conhece, que o acompanha? Pois seria igualmente importante até mesmo se (bons) hospitalistas viessem a se responsabilizar pela internação. A única alternativa que não podemos aceitar é esta da fragmentação sem critérios...
Da seleção do pior dos dois mundos ou modelos. Com tudo menos foco no paciente!
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