Tudo que é imposto, a meu ver, apresenta maior resistência e dificuldade em ser aceito. A transição para a Medicina Hospitalar no Brasil não será simples e deve acontecer de forma gradual e natural. Não me lembro de nenhum serviço nos EUA que tenha imposto a Medicina Hospitalar como única opção, até porque a premissa básica do modelo é que a referência para o hospitalista deve ser opcional.
No serviço que trabalhei em 2002, tínhamos resistência daqueles que não conheciam o modelo direito, dos especialistas que achavam que havíamos chegado para roubar seus pacientes.
Aos poucos, os médicos da comunidade perceberam as vantagens, os pacientes se sentiram seguros para trabalhar conosco e o hospital teve a resposta que esperava do novo modelo. E, apesar disto tudo, todos aqueles médicos que queriam continuar a prestar serviço para seus pacientes dentro do modelo tradicional, continuaram a ser bem vindos e nunca foram pressionados ou menosprezados.
Não sei como tudo se desenhará no Brasil. O que sei é que temos que divulgar o modelo ao máximo, e lutar para o uso correto do nome Medicina Hospitalar. Não podemos chamar Times de Resposta Rápida de MH (mas acho que o hospitalista pode ser responsável pelo TRR), nem podemos chamar plantonistas de 1 dia/semana de hospitalista. A divulgação correta, para a aplicação correta, depende de nós.
Fabiana Rolla deve ser vista como referência no Brasil em Pediatric Hospital Medicine.
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