No Brasil, gerentes ou coordenadores médicos de qualidade/segurança, quais sejam suas origens, ainda pecam em reconhecer qualidade e segurança. São vistos fazendo escalas, organizando férias, buscando substitutos para licenças saúde, liderando discussão sobre comprar um aparelho de VMNI ou um de ecografia, e outras tantas coisas do gênero, algumas delas feitas por assistentes administrativos lá.
Isso acontece por diversas razões. Uma delas é que, no Brasil, a organização geral das atividades dos Programas de MH ainda é muito centrada no médico e não cultivamos o verdadeiro trabalho em equipe ou dispomos de estrutura para tal. E a organização eminentemente assistencial ainda muito centrada em um médico e um enfermeiro apenas.
Outra é que não dominamos, em larga escala, melhoria da qualidade, ciência da melhoria e gestão de risco, para de fato entregar em qualidade assistencial / segurança do paciente. Não bastasse, gestão de processos cotidianos, com foco em melhoria contínua, envolve muito mais do que habilidades técnicas. A parte comportamental requer reconhecimentos técnico-específico e pessoal, além de muita, mas muita, habilidade social.
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