Esta semana troquei algumas mensagens com conhecido de alguns eventos da SHM: Zubin Damania, hospitalista responsável por http://zdoggmd.com/ - doctors mashing medicine, music, and madness to educate and entertain. Clinically proven to be slightly funnier than placebo!
Conversamos sobre as diferentes visões de mundo que têm travado um pouco o movimento no Brasil.
"I believe that 1 hospitalist OR 1 traditional internist OR 1 subspecialist should captain the ship and THIS IS IMPORTANT. It allows for a consistent message to the patient, a consistent style/substance to the care, prevention of duplication, and, in the case of a hospitalist, allows for an "expert" in hospital care to manage and shepherd the patient through the system that this physician understands better than any outside doctor could".
Comentei sobre a tendência aqui de ter progressivamente mais médicos envolvidos com gestão, qualidade e burocracia, mas não enquanto coordenam o cuidado de pacientes hospitalizados, tal como os hospitalistas norte-americanos. "In our system, we have doctors that see mostly patients but also sit on committees that drive hospital protocols, quality improvement, etc. Very few doctors do just one or the other here".
Em certo momento, ele sugeriu diretrizes em relação a quando clínicos podem e devem dizer não:
"When patient safety is at stake. Our group finds itself saying "No" a lot more often than we say "yes". There are so many forces pushing us to do more, see every surgical patient, see every OB.Gyn inpatient, etc. But many of these things are out of the scope of practice for an internist and we consider them to be either unnecessary, unsafe, or both".
Does hospitalist satisfaction matter to reach the results that US Best Hospitals reach through HM programs?
"Hospitalist satisfaction is a crucial component of creating a sustainable program that is associated with long time doctors who have experience in the system and can work to improve hospital processes and administration. The programs must be designed and evolve so as to minimize burnout for doctors and maximize sustainability.
...
We have a lot of the same problems. They vary widely according to hospital, geography, academic versus community (or hybrid) settings. To some extent we are working thought the same issues, just maybe we are a little further along. Hospital medicine has had a little more time to mature here".
Sobre Medicina Hospitalar, hospitalistas, qualidade assistencial, segurança do paciente, erro médico, conflitos de interesses, educação médica e outros assuntos envolvendo saúde, política e cotidiano.
quarta-feira, 21 de março de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
Vice-presidente eleito da Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar...
pediu EXONERAÇÃO. É um dos verdadeiros pioneiros. A história da MH brasileira ainda se confunde com a trajetória profissional de Roger Pirath Rodrigues.
domingo, 18 de março de 2012
Mais sobre o acordo do CFM com a Indústria Farmacêutica
Acordo opõe médicos (Folha de SP)
Um acordo que permite aos médicos viajar e receber brindes da indústria farmacêutica provocou um racha entre o CFM (Conselho Federal de Medicina) e o conselho médico paulista, o Cremesp. Em 2010, o CFM havia anunciado que proibiria viagens de médicos a convite dos laboratórios. No mês passado, porém, o conselho recuou da ideia e acabou fechando um acordo com a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) liberando as viagens.
Em sessão plenária do último dia 23, os conselheiros paulistas aprovaram um documento em que discordam do acordo por julgá-lo "um retrocesso". "Ele sedimenta práticas que são eticamente inaceitáveis", diz o documento, obtido com exclusividade pela Folha.
Entre as distorções apontadas pelo Cremesp estão a autorização de viagens e participações de médicos em congressos sem apontar os critérios para escolha dos beneficiados, além do registro de efeitos adversos de medicamentos - que passaria a ser fornecido pelo médico ao propagandista da indústria. "O médico deve informar a Vigilância Sanitária sobre efeitos colaterais, não o propagandista. Médico não vai trabalhar para a indústria", afirma Azevedo Júnior, do CREMESP.
Ele também critica o fato de o acordo autorizar que médicos recebam presentes e brindes oferecidos pelos laboratórios e estipular valores e periodicidade. "Além de ser difícil fiscalizar isso, não tem o menor efeito porque não é pelo valor que o médico ser influenciado".
No documento, o Cremesp recomenda ainda que o CFM reabra a discussão sobre a necessidade de revisão e aprimoramento das normas éticas que envolvam a relação entre médicos e indústria. O presidente do CFM, Roberto D'Ávila, rebateu ontem as críticas dos colegas paulistas. "São Paulo pode fazer o barulho que quiser. Federal é federal. O protocolo foi aprovado por unanimidade pelo nosso pleno. Acho desnecessária essa polêmica", afirmou.
D'Ávila diz que, durante as discussões sobre o acordo com a Interfarma, houve várias oportunidades para os conselhos regionais se manifestarem contra, o que não teria ocorrido. Já Azevedo Júnior afirma que, em janeiro de 2011, o Cremesp enviou várias críticas sobre o assunto, mas que não foram acolhidas pelo CFM.
Tendências e Debates: Médico não é garoto-propaganda (Por Cid Velloso)
Foi com tristeza e decepção que a sociedade brasileira tomou conhecimento de uma emenda a um ponto importante do código, sobre a relação dos médicos com os laboratórios farmacêuticos.... Leia mais
Um acordo que permite aos médicos viajar e receber brindes da indústria farmacêutica provocou um racha entre o CFM (Conselho Federal de Medicina) e o conselho médico paulista, o Cremesp. Em 2010, o CFM havia anunciado que proibiria viagens de médicos a convite dos laboratórios. No mês passado, porém, o conselho recuou da ideia e acabou fechando um acordo com a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) liberando as viagens.
Em sessão plenária do último dia 23, os conselheiros paulistas aprovaram um documento em que discordam do acordo por julgá-lo "um retrocesso". "Ele sedimenta práticas que são eticamente inaceitáveis", diz o documento, obtido com exclusividade pela Folha.
Entre as distorções apontadas pelo Cremesp estão a autorização de viagens e participações de médicos em congressos sem apontar os critérios para escolha dos beneficiados, além do registro de efeitos adversos de medicamentos - que passaria a ser fornecido pelo médico ao propagandista da indústria. "O médico deve informar a Vigilância Sanitária sobre efeitos colaterais, não o propagandista. Médico não vai trabalhar para a indústria", afirma Azevedo Júnior, do CREMESP.
Ele também critica o fato de o acordo autorizar que médicos recebam presentes e brindes oferecidos pelos laboratórios e estipular valores e periodicidade. "Além de ser difícil fiscalizar isso, não tem o menor efeito porque não é pelo valor que o médico ser influenciado".
No documento, o Cremesp recomenda ainda que o CFM reabra a discussão sobre a necessidade de revisão e aprimoramento das normas éticas que envolvam a relação entre médicos e indústria. O presidente do CFM, Roberto D'Ávila, rebateu ontem as críticas dos colegas paulistas. "São Paulo pode fazer o barulho que quiser. Federal é federal. O protocolo foi aprovado por unanimidade pelo nosso pleno. Acho desnecessária essa polêmica", afirmou.
D'Ávila diz que, durante as discussões sobre o acordo com a Interfarma, houve várias oportunidades para os conselhos regionais se manifestarem contra, o que não teria ocorrido. Já Azevedo Júnior afirma que, em janeiro de 2011, o Cremesp enviou várias críticas sobre o assunto, mas que não foram acolhidas pelo CFM.
Tendências e Debates: Médico não é garoto-propaganda (Por Cid Velloso)
Foi com tristeza e decepção que a sociedade brasileira tomou conhecimento de uma emenda a um ponto importante do código, sobre a relação dos médicos com os laboratórios farmacêuticos.... Leia mais
sexta-feira, 9 de março de 2012
Torno público meu distanciamento de algum tempo da Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar
Desde minha residência de Clínica Médica, iniciada em 2001, luto por tornar conhecido em nosso meio o modelo de Hospital Medicine. Após tê-lo vivenciado na prática, passei a enxergá-lo como a luz no final do túnel para a medicina generalista no Brasil, e como solução parcial para o nosso sistema. Sem falsa modéstia, estive até o momento em frente a todas as principais iniciativas de promoção de hospitalistas por aqui.
A SOBRAMH (Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar) é parte importante deste processo, surgida não como semente, mas já como fruto de um longo trabalho. 2008 foi um dos marcos do movimento de MH brasileiro até o momento, com o I Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar, então organizado pelo Grupo de Estudos e Atualização em Medicina Hospitalar e o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul. O evento contou com cerca de 600 participantes. Cabe lembrar que quatro dos atuais sete diretores sequer estiveram neste encontro, o que caracteriza o quão incipiente ainda é a MH brasileira como movimento organizado. O número foi ainda menor naquele que foi o primeiro evento no Brasil sobre hospitalistas.
Hoje não reconheço mais na SOBRAMH o conceito de hospitalista que um dia pretendi promover. Apenas para citar um exemplo, algumas críticas registradas neste Blog sobre “adaptações do modelo para a realidade brasileira” se baseiam em cópias literais de conteúdos de propriedade intelectual do atual presidente ou de colaboradores diretos. Lamento não ter conhecido integralmente estes posicionamentos antes, pois nesse caso não teria colaborado fortemente na organização de sua chapa. É claro que existem diretores que mantêm o mesmo ideal original de MH para o Brasil, e são maioria inclusive. Mas fica nítida a dificuldade deles em ter voz ativa. Corrigido isto, reconsiderarei meu posicionamento.
Curiosamente, a divergência nasce lastreada em diferentes visões de mundo: de um lado, um clínico que gosta de qualidade e segurança e, de outro, um cirurgião e gestor médico com igual interesse - justamente o tipo de aliança que o modelo deveria promover. Em minha concepção, poderíamos divergir sobre a importância maior ou menor da Acreditação Hospitalar, dos Times de Resposta Rápida ou da necessidade ou não de uma política bem discutida, e constantemente revisada, de relacionamento com terceiros pela associação (sejam farmacêuticas ou até mesmo o governo brasileiro). Mas jamais poderíamos divergir sobre qual Medicina Hospitalar queremos para o Brasil – ou pelo menos eu não estou preparado para isto: o que chamam de adaptação é tão original como o movimento de médicos hospitalistas norte-americano, é o que fazem os midlevel providers lá. Só que aqui estão usando de colegas como tal. Além do que entendo que muitas destas questões deveriam, em se tratando de uma associação, ser discutidas com transparência entre todos os membros, e não depender da visão de mundo de um ou outro no alto do poder.
Por fim, questiono o tipo de destaque que parece querer ser dado à instituição (dos novos "líderes") em detrimento de outras. Parece estar sendo orquestrado um movimento para dar distinção especial a quem sequer tinha hospitalistas até final de 2010 (e eu conferi isto com meus próprios olhos, embora não tenha dado importância maior naquele momento. Muitos de nós estávamos simplesmente tentando - eu próprio, que havia conseguido resultados positivos "à distância", não tive sucesso em ver implantado um programa de MH em meu hospital de origem). Do jeito que está, literalmente fabricam um benchmarking que não existe, criam até um selo a partir dele, tudo em detrimento de locais onde verdadeiramente se vinha buscando aproximação com o modelo, e não são poucos, por mais dificuldades que tenham com qualidade e segurança, o que, insisto, são coisas diferentes. Tudo isto deixa evidente a confusão criada entre os interesses do movimento de MH e os interesses privados de alguns, sejam eles legítimos ou não.
Nessas condições, não tenho outra alternativa senão tornar público meu afastamento da Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar e desejar que o caminho escolhido seja o que melhor representa os anseios dos atuais e futuros hospitalistas do Brasil. Aos colegas que enxergavam na proposta original a melhor alternativa, sorte. Ao menos na nossa perspectiva. O equilíbrio nos serve. Ou procuremos alternativa.
A SOBRAMH (Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar) é parte importante deste processo, surgida não como semente, mas já como fruto de um longo trabalho. 2008 foi um dos marcos do movimento de MH brasileiro até o momento, com o I Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar, então organizado pelo Grupo de Estudos e Atualização em Medicina Hospitalar e o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul. O evento contou com cerca de 600 participantes. Cabe lembrar que quatro dos atuais sete diretores sequer estiveram neste encontro, o que caracteriza o quão incipiente ainda é a MH brasileira como movimento organizado. O número foi ainda menor naquele que foi o primeiro evento no Brasil sobre hospitalistas.
Hoje não reconheço mais na SOBRAMH o conceito de hospitalista que um dia pretendi promover. Apenas para citar um exemplo, algumas críticas registradas neste Blog sobre “adaptações do modelo para a realidade brasileira” se baseiam em cópias literais de conteúdos de propriedade intelectual do atual presidente ou de colaboradores diretos. Lamento não ter conhecido integralmente estes posicionamentos antes, pois nesse caso não teria colaborado fortemente na organização de sua chapa. É claro que existem diretores que mantêm o mesmo ideal original de MH para o Brasil, e são maioria inclusive. Mas fica nítida a dificuldade deles em ter voz ativa. Corrigido isto, reconsiderarei meu posicionamento.
Curiosamente, a divergência nasce lastreada em diferentes visões de mundo: de um lado, um clínico que gosta de qualidade e segurança e, de outro, um cirurgião e gestor médico com igual interesse - justamente o tipo de aliança que o modelo deveria promover. Em minha concepção, poderíamos divergir sobre a importância maior ou menor da Acreditação Hospitalar, dos Times de Resposta Rápida ou da necessidade ou não de uma política bem discutida, e constantemente revisada, de relacionamento com terceiros pela associação (sejam farmacêuticas ou até mesmo o governo brasileiro). Mas jamais poderíamos divergir sobre qual Medicina Hospitalar queremos para o Brasil – ou pelo menos eu não estou preparado para isto: o que chamam de adaptação é tão original como o movimento de médicos hospitalistas norte-americano, é o que fazem os midlevel providers lá. Só que aqui estão usando de colegas como tal. Além do que entendo que muitas destas questões deveriam, em se tratando de uma associação, ser discutidas com transparência entre todos os membros, e não depender da visão de mundo de um ou outro no alto do poder.
Por fim, questiono o tipo de destaque que parece querer ser dado à instituição (dos novos "líderes") em detrimento de outras. Parece estar sendo orquestrado um movimento para dar distinção especial a quem sequer tinha hospitalistas até final de 2010 (e eu conferi isto com meus próprios olhos, embora não tenha dado importância maior naquele momento. Muitos de nós estávamos simplesmente tentando - eu próprio, que havia conseguido resultados positivos "à distância", não tive sucesso em ver implantado um programa de MH em meu hospital de origem). Do jeito que está, literalmente fabricam um benchmarking que não existe, criam até um selo a partir dele, tudo em detrimento de locais onde verdadeiramente se vinha buscando aproximação com o modelo, e não são poucos, por mais dificuldades que tenham com qualidade e segurança, o que, insisto, são coisas diferentes. Tudo isto deixa evidente a confusão criada entre os interesses do movimento de MH e os interesses privados de alguns, sejam eles legítimos ou não.
Nessas condições, não tenho outra alternativa senão tornar público meu afastamento da Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar e desejar que o caminho escolhido seja o que melhor representa os anseios dos atuais e futuros hospitalistas do Brasil. Aos colegas que enxergavam na proposta original a melhor alternativa, sorte. Ao menos na nossa perspectiva. O equilíbrio nos serve. Ou procuremos alternativa.
terça-feira, 6 de março de 2012
Conselho de Medicina de São Paulo critica acordo CFM-Interfarma sobre o relacionamento entre médicos e indústria farmacêutica
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) discorda do protocolo assinado no dia 14 de fevereiro pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que aborda o relacionamento entre os médicos e a indústria de medicamentos.
Conforme deliberação da Sessão Plenária de 23/02/2012, os conselheiros do Cremesp encaminharam ao CFM as seguintes considerações:
1- O acordo representa um retrocesso ao sedimentar práticas que são eticamente inaceitáveis. Dentre outras distorções, o documento autoriza o recebimento pelos médicos de presentes e brindes oferecidos pelas empresas farmacêuticas, estipulando valores e periodicidade de difícil aferição; autoriza o patrocínio de viagens e participações em congressos e eventos sem apontar os critérios para escolha dos médicos beneficiados; submete os médicos a propagandistas de laboratórios visando, inclusive, o registro de efeitos adversos de medicamentos, tema de relevância sanitária que requer total autonomia profissional.
2- É inadequada a parceria entre um órgão federal julgador e disciplinador da classe médica e uma entidade representativa de empresas privadas com interesses particulares nas áreas de Medicina e Saúde. Cabe ao CFM normatizar o exercício ético da profissão e cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regular as práticas das empresas farmacêuticas na promoção comercial de medicamentos.
3- O relacionamento entre médicos e farmacêuticas pode influenciar, de forma negativa ou desnecessária, as prescrições de medicamentos e as decisões de tratamento. Os gastos com ações dirigidas aos médicos são repassados ao preço final dos medicamentos e têm impacto no bolso dos cidadãos e nos custos do sistema de saúde. Nenhum fator deve impedir que as prescrições sejam decididas pelos médicos exclusivamente de acordo com as credenciais científicas dos medicamentos e as necessidades de saúde dos pacientes.
4- O Cremesp solicita ao CFM que seja reaberta a discussão sobre a necessidade de revisão e de aprimoramento das normas éticas que envolvam a relação entre médicos e indústria farmacêutica.
Conforme deliberação da Sessão Plenária de 23/02/2012, os conselheiros do Cremesp encaminharam ao CFM as seguintes considerações:
1- O acordo representa um retrocesso ao sedimentar práticas que são eticamente inaceitáveis. Dentre outras distorções, o documento autoriza o recebimento pelos médicos de presentes e brindes oferecidos pelas empresas farmacêuticas, estipulando valores e periodicidade de difícil aferição; autoriza o patrocínio de viagens e participações em congressos e eventos sem apontar os critérios para escolha dos médicos beneficiados; submete os médicos a propagandistas de laboratórios visando, inclusive, o registro de efeitos adversos de medicamentos, tema de relevância sanitária que requer total autonomia profissional.
2- É inadequada a parceria entre um órgão federal julgador e disciplinador da classe médica e uma entidade representativa de empresas privadas com interesses particulares nas áreas de Medicina e Saúde. Cabe ao CFM normatizar o exercício ético da profissão e cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regular as práticas das empresas farmacêuticas na promoção comercial de medicamentos.
3- O relacionamento entre médicos e farmacêuticas pode influenciar, de forma negativa ou desnecessária, as prescrições de medicamentos e as decisões de tratamento. Os gastos com ações dirigidas aos médicos são repassados ao preço final dos medicamentos e têm impacto no bolso dos cidadãos e nos custos do sistema de saúde. Nenhum fator deve impedir que as prescrições sejam decididas pelos médicos exclusivamente de acordo com as credenciais científicas dos medicamentos e as necessidades de saúde dos pacientes.
4- O Cremesp solicita ao CFM que seja reaberta a discussão sobre a necessidade de revisão e de aprimoramento das normas éticas que envolvam a relação entre médicos e indústria farmacêutica.
Fonte: CREMESP
sábado, 3 de março de 2012
Fluxograma com princípios gerais para a abordagem de conflitos de interesse em eventos de associações médicas
Estava organizando meus materiais e encontrei "Fluxograma com princípios gerais para a abordagem de conflitos de interesse em eventos de associações médicas" (adaptação tabajara de referência em inglês). Imbutidos aqui há conceitos importantes, como: conflito de interesse por si só não é um problema, mas pode vir a ser um problema. Relações de um modo geral determinam conflitos...
sexta-feira, 2 de março de 2012
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