quinta-feira, 31 de março de 2016

quarta-feira, 30 de março de 2016

Rotina de um médico hospitalista não segue roteiro único

Entrevista para jornalista do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente gerou a seguinte matéria:

Entrevista para o IBSP

Acrescento abaixo outros tópicos conversados:

- Como os gestores enxergam a MH no Brasil?

Lembrei que há de tudo. Que muitos já compreendem a proposta, e percebem a importância de colocar paciente no centro + hospitalistas como coordenadores do cuidado - regulando a relação entre paciente e diversos outros entes da complexa assistência hospitalar.

Que outros gestores ainda não. E que costumam ser os mesmos que ainda não colocam o paciente no centro do cuidado, e sim subespecialidades médicas ditas lucrativas - culminando em médicos no centro de tudo, como clientes principais e soberanos do hospital.

- Como adaptar o modelo norte-americano para o Brasil?

Precisa adaptar????

Se vejo muito mal uso do modelo aqui, com inserção de hospitalistas em tarefas com baixo grau de autonomia ou eminentemente burocráticas, isto ocorreu e segue acontecendo nos EUA e em outros países. Por outro lado, temos bons exemplo de programas no Brasil fazendo exatamente o que fazem hospitalistas que se destacam nos EUA.

- Quais os maiores desafios de um médico hospitalista no Brasil?

São dois os principais, na minha opinião:

# Habilidades e competências para atuação não clínica: ao menos noções básicas de melhoria da qualidade e segurança do paciente;

# Remuneração, para garantir o tipo de vínculo e envolvimento pretendido.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Hospitalistas no HDP


SHM2016

 Assiste vídeo

Interessantíssimo os relatos do grande pioneiro Wacher com dois outros que o ajudaram na fundação da sociedade (foto acima, vídeo clicando). Uma história de colaboração, de absoluta entrega do que criaram - SHM - para os próprios membros. Hoje nenhum deles ocupa mais cargos diretivos na entidade, por exemplo. São prestigiados - por reconhecimento.

Lembrando do período inicial do movimento que deflagrei no Brasil, impossível não vir à mente a imagem de um colaborador que insistia na ideia de "apressar as coisas no sentido de fazer a sociedade dar dinheiro". Fosse para o propósito associativista e colaborativo, tudo bem. E eu achava que bastaria lembrar o propósito e o estatuto do que criei com muito pouca ajuda inicial e, principalmente, lembrar que nada impedia o desenvolvimento de iniciativas paralelas e lucrativas...

Época em vários aspectos chata, de muito gasto de energia pessoal, de repetição cansativa deste tipo de lembrança, de validade até questionável pela recorrente aproximação de gente interesseira demais. Validade que comprovou-se verdadeira pelo encontro de tantas outras pessoas legais. Pena que este perfil muito pouco quis protagonismo, o que, sendo mais do que simples coincidência, e acho que é, pode representar relevante lição de vida.
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