quarta-feira, 16 de abril de 2014

Overdiagnosis e Medicina Defensiva

Em recente palestra de Luis Cláudio Correia em evento de Segurança do Paciente, onde defendeu a teoria do “less is more(veja detalhes aqui), participante o questionou ao final sugerindo que não haveria outra forma para se lidar com a judicialização do que “cercando-se de todos os exames possíveis”.

Luis publicou logo em seguida artigo na mesma linha e recebeu comentários interessantes de renomado advogado especialista em Direito Médico, que festejou sua abordagem na medida em que percebe a teoria do “more is more para proteção” frágil, incompleta. Sempre haverá algo mais que poderia ter sido feito. Mas na prática da defesa médica, é mais importante a qualidade e a forma, do que a quantidade do que foi feito.

Segundo ele, que atua exclusivamente defendendo médicos, a abordagem de Luis ajuda a explicar como pessoas que fazem todos os exames morrem e como pessoas que nunca fizeram nenhuma espécie de exame preventivo curiosamente podem não morrer. A partir disto, que o nexo de causalidade entre exames (sua realização ou não) e óbitos não é tão simples assim.  Se considerarmos que overdiagnosis também pode determinar risco jurídico, a solução seria tentar fazer o certo e justificável. 

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