sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Taxa de mortalidade é menor em hospitais acreditados?

Não acham que, por tudo que estamos passando no país e pela crise mundial da saúde baseada em evidências, com pseudo-ciência por todos os lados (hábitos de vida, alimentação, suplementação, medicina, etc), chegou a hora de um pacto por mais rigor na vida e na ciência? E então caberia a todos aplicar o que sabemos, e o que até questionamos quase sempre quando olhamos para o espaço do vizinho: 01 ESTUDO OBSERVACIONAL NÃO PROVA NADA. Quem usa, a partir deste tipo de evidência, retórica para vender o resultado desta maneira, ou tem outros interesses, ou tem conhecimento científico limitado. Quando se tem outros interesses é uma tentação. Eu próprio passo por isso cada vez que repasso informações sobre hospitalistas. Mas tenho procurado, sempre que possível, exercer minha visão crítica naquilo que faço ou defendo também. Reconhecer melhor a incerteza de nossas afirmações é um exercício para o bem, sempre...

Ao publicar comentário semelhante na matéria dias atrás, um dono de Acreditadora respondeu: "Temos a certeza absoluta que hospitais que aplicam programas de qualidade e segurança do paciente, são mais responsáveis para com os eventos sentinela e para com os pacientes. Portanto todas as taxas que são resultado de uma política onde o paciente está no centro das decisões são muito melhores".

Eu reconheço o problema, mas tenho certeza de muito pouca coisa neste campo e na vida. Estudo, testo, critico, enfim...

Pareceu propositalmente também confundir toda e qualquer ação de qualidade e segurança com Acreditação. Assim ficou mais fácil...

Ora, se eu tivesse um hospital inteiro para fazer dele o que bem entendesse, certamente buscaria Acreditação Internacional. Enxergo várias coisas boas no modelo (e sei falar das coisas ruins também). Na minha opinião, preponderam as coisas boas. Mas fazer disto certeza absoluta é coisa muito diferente...

terça-feira, 10 de novembro de 2015

A sociedade vive o paradigma da medicina baseada em fantasia

Na opinião de Correia, além de criticar a decisão do STF, a comunidade médica deveria reconhecer sua responsabilidade como parte desse processo. "A sociedade vive o 'paradigma da medicina baseada em fantasia' em parte porque nós, profissionais de saúde, usamos deste paradigma quando adotamos tratamentos não comprovados ou realizamos exames de forma exagerada e inapropriada."

O médico finaliza com uma frase que deveria constar nos códigos de ética médica: "Profissionais de saúde devem assumir a responsabilidade de moldar o pensamento da sociedade na direção de uma medicina contemporânea e de vanguarda: embasada no paradigma científico, no benefício ao cliente, na racionalidade das decisões e, por fim, na decisão compartilhada com um cliente que é devidamente informado dos riscos, benefícios e incertezas de nossas recomendações."

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Fluxo de informação, Comunicação e a Segurança do Paciente

E indiretamente chegaremos no hospitalista... considerando melhor organizar um ambiente (hospitalar) com muitos "cozinheiros em uma única cozinha".